8 de out. de 2007

Compartilhamento de músicas e crime.

A notícia de que uma usuária norte americana foi multada em $ 222.000,00 por baixar e/ou compartilhar assustou muita gente que pratica isso também. Mas muita coisa ainda está indefinida quanto ao uso que se pode fazer de uma música que se comprou legalmente numa lojas de CDs.

O que pode e o que não pode? Não posso compartilhar com meu vizinho meu gosto musical? Tenho o direito de somente ouvir? E outra pessoa pode ouvir a música que comprei para eu ouvir? E quantas vezes posso ouvir a música que comprei? E o CD posso emprestar para alguém?

Todas estas perguntas parecem óbvias mas a decisão da justiça americana coloca um pouco de dúvida em todas elas. Se não se pode compartilhar com seus amigos/conhecidos uma música que você comprou então o arquivo ou o suporte sobre o qual existe aquela música não é seu. Assim como o CD não é de sua propriedade. Deve ser apenas para audição. Mas ainda assim, deve-se tomar cuidado com a quantidade de pessoas que ouvem a música. Porque se você distribuir a música para seus amigos ouvirem vai ter que pagar indenização milionária para a indústria fonográfica.

Estamos num beco sem saída. As grandes perdas são causadas pelas cópias piratas que estão disponíveis antes mesmo do original chegar ás lojas o que que denota erro nos sistemas de produção das gravadoras. Além do mais, o preço, pelo menos aqui no Brasil, do pirata é muito mais competitivo do que os dos originais. E desconfio que grande parte não deve ser por causa dos impostos ou custos da produção. A indústria fonográfica sobrevalorizou seu produto e perdeu por causa das facilidades tecnológicas que permitiram a cópia rápida e de qualidade das peças musicais. A indústria não tem como proteger o que julga ser seu mas não sabe dizer o que é exatamente seu. Os mesmos que processam não sabem dizer se vendem o arquivo ou possibilidade e quantidade e abrangência da audição.

O que fazer? E a crescente onda de mp3 players? Milhões de usuários estão ilegais? Porque esse pessoal todo compartilha entre si seu gosto musical. Trocam arquivos a partir de seus computadores e celulares. Será que no final das contas a indústria fonográfica não está apenas querendo se apossar de um mercado que no final não lhe pertence?

Vamos aguardar e ver o que mais acontece...

Nenhum comentário: