15 de out. de 2007

Velhos golpes novos idiotas

Andando pelo centro de São Paulo fui abordado por um rapaz apressado que pouco antes havia se abaixado na minha frente. Quase o atropelei mas ele levantou-se e continuou andando. Segundos depois, casualmente mesmo, se igualou a minha velocidade, ombro a ombro e falou:
- Olha! Um par de alianças! E tem até um preço... Vê se é isso mesmo... Quinhentos reais? É isso?
Olhei para a jóia e tinha uma etiquetinha de preço destas que a gente vê nas jóias expostas nas vitrines. O valor, escrito com caneta azul, era R$ 500,00. Confirmei isso pra cara. Ele quase tomou a aliança da minha mão dizendo:
- Que sorte! Eu "tava" precisando de cem reais para pagar uma conta , o banco já vai fechar e eu já estava desesperado! Sabe onde posso vender isso? Acho que vão me pagar pelo menos uns trezentos, cê não acha não?
Já saturado de todo esse tipo de golpe barato, depois de conviver com esse povo há vinte anos nas ruas da cidade, falei:
- Pegou o mané errado, "truta"!
O cara não pensou nem piscou e falou já saindo de perto de mim.
- Vai se fudê, então.
Eu educadamente retribui o elogio e fui embora.
Quinze minutos depois, voltando pelo mesmo caminho( Viaduto do Chá ), o cara entregava a aliança para um casal de namorados e recebia três notas de cinquenta reais. Pelo menos foi o que vi. Podia ter mais... O vagabundo me viu e não esboçou reação alguma. E nem falei ou fiz qualquer gesto. Meu caminho não cruzaria com o daqueles patetas. Três patetas. Todos conscientes de que lesar o outro é o máximo.
E mais uma vez pude comprovar a máxima que diz que "O olho grande do idiota é a bolsa cheia do malandro"!

Um comentário:

ricardo xs lucas disse...

muito em graçado e com semtido gostei muito não é serio legal de mais